quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Os mistérios do lago Vostok


17 Janeiro, 18:44

Mistérios do lago Vostok e o genoma do homem antigo

Antártida, lago Vostok, cientistas russos, hominídea, homo erectus

Foto: ru.wikipedia.org

As pesquisas do lago subterrâneo antárctico Vostok entraram no topo dos 10 sucessos científicos de 2014, publicados pela prestigiada revista New Scientist.

Em 2014 os cientistas deverão esclarecer se existem ali, num ambiente espectacular e isolado, sob alta pressão, na escuridão sem luz solar, alguns sinais da vida. Do topo do ranking também fazem parte as investigações visando a clonagem de seres humanos antigos.
No meio de descobertas esperadas figuram dados resultantes de algumas provas de água do lago que se encontra sob um abrigo de gelo com a espessura de 4 km. Eles permitem fazer conclusões sobre a existência de organismos humanos em camadas aquáticas que estão isoladas dos estratos atmosféricos há já milhões de anos. Assim a ciência mundial tomará conhecimento de dados únicos no género na área geológica, disse à Voz da Rússia, o chefe da expedição Antárctica Russa, Valeri Lukin:
"Isto possibilita-nos pesquisar o solo do fundo do lago e, deste modo, avaliar um percurso geológico do nosso planeta. A comunidade mundial não sabe muito bem de camadas residuais debaixo do gelo da Antártida."
Além disso, a metodologia e os meios tecnológicos utilizados no decurso das obras realizadas no lago Vostok podem vir a ser úteis para a busca da vida nos outros planetas do Sistema Solar. Tal se deve ao fato de os lagos desse tipo serem um alvo de pesquisas geográficas exemplares ajudando a modelar tais condições.
Mais um avanço palpável que se aguarda se deverá às investigações genéticas. Os círculos científicos do Ocidente acreditam em possibilidade de clonar um antigo antecessor do homemHomo Erectus. Antigamente, era impossível encontrar genes dos nossos "precursores", mas há pouco tempo os cientistas lograram obter um genoma mitocondrial do "homem das cavernas" em Espanha. Segundo assinala Konstantin Ketaev, do Instituto de Bioquímica e Genética de Ufa, não se conseguiu fazer a clonagem do hominídea, sem bem que existam seus restos para poder efetuar múltiplas pesquisas genéticas:
"O genoma pode ser descoberto se baseando em restos e ossos que não permitirão fazer a leitura dos 80 por cento da informação, o que está longe de ser completa. Mas não será viável fazer a clonagem na falta de células vivas. Fazendo a leitura do genoma lemos informações detalhadas sobre as células que não podem ser criadas, mesmo que o genoma seja lido por completo."
Quanto mais informações tivermos sobre nossos antecessores, tanto mais fácil será dar solução aos diversos problemas atuais. Por exemplo, será possível curar doenças que herdamos do passado devido ao conhecimento de genes que progrediram e que participam na formação dessas enfermidades. Assim, os cientistas tomarão novos conhecimentos interessantes sobre a genética do homem contemporâneo.
Pavel Silaev                  http://portuguese.ruvr.ru/2014_01_17/misterios-do-lago-vostok-e-o-genoma-do-homem-antigo-8454/

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