sexta-feira, 6 de julho de 2012

LHC REGISTRA NOVOS RECORDS


Pesquisadores atingem recorde de temperatura em colisão de partículas

EDU DALLARTE
Pesquisadores do Laboratório de Brookhaven (EUA) conseguiram um feito inédito, registrando a mais alta temperatura já observada pela humanidade: cerca de 4.000.000.000.000 ºC (ou se preferir 4 trilhões de graus celsius), uma temperatura 250.000 vezes mais quente que o centro do nosso Sol, capaz de derreter prótons e nêutrons.
Laboratório de Brookhaven
Essa temperatura foi registrada durante o estudo da formação e as características do plasma de quarks-glúons, um estado especial da matéria no qual os cientistas acreditam que existiu aproximadamente 10 milionésimos de segundos após o Big Bang, que deu origem ao universo.
Nessas primeiras frações de segundo, o universo era tão quente que somente os quarks e glúons podiam existir. Recriar esse exótico plasma em laboratório requer uma enorme quantidade de energia.
Essa grande quantidade de energia foi usada dentro do RHIC, um anel com quase 4 quilômetros. Nesse anel, íons de ouro foram acelerados por bobinas de metal colocadas ao longo da extensão do anel. Existem seis lugares no anel onde as colisões acontecem, resultando no plasma de quarks-glúons, com sua incrível temperatura. O mais incrível é que o estados da matéria semelhantes já foram observado em temperaturas próximas do zero absoluto (-273 ºC).
Mas os pesquisadores de Brookhaven tem adversários duros pela frente, já que alguns cientistas do CERN estão focados no projeto ALICE, que também colidirá íons e deve atingir uma temperatura 30% maior. Diferentemente do ATLAS e do CMS, que estão focados na caça do bóson de Higgs, o ALICE é focado em estudar as condições do universo primordial. [Discovery News]

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