segunda-feira, 1 de novembro de 2010

UNIVERSOS PARALELOS

IRMÃO EDU

Evidências sobre universo paralelo podem surgir em breve, dizem cientistas do Cern

Os físicos que investigam a origem do universo esperam ter, no ano que vem, as primeiras provas da existência de conceitos caros aos escritores de ficção científica, como mundos ocultos e dimensões extras.

À medida que o Grande Colisor de Hádrons (LHC) do Cern, nas proximidades de Genebra, na Suíça, opera com uma força maior, eles falam cada vez mais sobre uma "Nova Física" no horizonte, que poderia mudar por completo os pontos de vista atuais sobre o universo e o seu funcionamento.

"Universos paralelos, formas desconhecidas de matéria, dimensões extras... Isso não é coisa de ficção científica barata, mas teoria física muito concreta que os cientistas tentam confirmar com o LHC e outros experimentos."

Isso foi o que escreveram os integrantes do Grupo de Teoria do centro internacional de pesquisa no boletim direcionado aos funcionários do Cern este mês.

Enquanto as partículas se chocam no vasto complexo subterrâneo do LHC a energias cada vez maiores, os "extra bits do universo" --se é que eles existem como o previsto-- poderão ser vistos no computador, afirmam os teóricos.

O otimismo é crescente entre as centenas de cientistas que trabalham no Cern, ao longo da fronteira entre França e Suíça, numa experiência de US$ 10 bilhões, que inicialmente apresentou problemas, mas este ano vem cumprindo suas metas.

COLISÃO DE PRÓTONS

Em meados de outubro, disse o diretor-geral Rolf Heuer à equipe no último fim de semana, os prótons eram colididos ao longo do anel subterrâneo de 27 quilômetros a uma taxa de 5 milhões por segundo --duas semanas antes da data prevista para esse número.

No ano que vem, as colisões ocorrerão --se tudo continuar seguindo bem-- a uma taxa que produzirá o que os físicos chamam de "femtobarn inverso", mais bem descrito como uma quantidade colossal de informações para a avaliação dos analistas.

As colisões recriam o que aconteceu numa minúscula fração de segundo após o "Big Bang" primordial, 13,7 bilhões de anos atrás, que gerou o universo que conhecemos hoje e tudo o que ele contém.

Depois de séculos de observações cada vez mais sofisticadas da Terra, apenas 4% do universo é conhecido --porque o restante é formado pelo que tem sido chamado de matéria escura e energia escura (porque são invisíveis).

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/817483-evidencias-sobre-universo-paralelo-podem-surgir-em-breve-dizem-cientistas-do-cern.shtml

O Universo está repleto de outras Terras, dizem astrônomos


O estudo indica que sistemas planetários como o nosso Sistema Solar são comuns e que quase um quarto de todas as estrelas parecidas com o Sol pode ter planetas de tamanho semelhante ao da Terra.[Imagem: NASA/JPL-Caltech/UC Berkeley]

Cerca de 23 por cento das estrelas semelhantes ao Sol podem ter pelo menos um planeta do tamanho da Terra.

Andrew Howard e seus colegas do telescópio Keck, no Havaí, usaram medições Doppler para estudar 166 estrelas semelhantes ao Sol em busca de planetas com massas entre três e 1.000 vezes o tamanho da Terra.

Outras Terras

Os astrônomos encontraram um total de 33 planetas orbitando em torno de 22 das estrelas estudadas, uma proporção muito mais elevada do que qualquer previsão anterior.

Também ao contrário do que se previa, não há uma "falta de planetas" com massas de cinco a 30 vezes a da Terra, como modelos anteriormente previram.

Quanto às "outras terras", os resultados confirmam que a ocorrência de planetas tende a aumentar - e não a diminuir - conforme diminui a massa dos planetas. Pelos cálculos da equipe, planetas do tamanho de Netuno para baixo são muito mais comuns que os planetas gigantes gasosos, como Júpiter.

Se os cálculos estiverem corretos, isto significa que sistemas planetários como o nosso Sistema Solar são comuns e que quase um quarto de todas as estrelas parecidas com o Sol pode ter planetas de tamanho semelhante ao da Terra.

Estimativa fundamentada

Os astrônomos estudaram 166 estrelas das classes G e K localizadas a até 80 anos-luz da Terra.

O Sol é a mais conhecida estrela do tipo G, que são amarelas. As estrelas do tipo K são um pouco menores e têm cor laranja ou vermelha.

O estudo procurou determinar a quantidade, a massa e a distância orbital dos planetas dessas estrelas. O trabalho usou tanto observações diretas quanto estimativas, uma vez que, das estrelas analisadas, apenas 22 têm planetas que já foram detectados diretamente.

"De cada 100 estrelas parecidas com o Sol, uma ou duas têm planetas com massa semelhante à de Júpiter, seis parecidas com a de Netuno e 12 têm entre três e dez vezes a massa terrestre. Se extrapolarmos a relação para planetas do tamanho da Terra, podemos estimar que encontraremos cerca de 23 deles para cada 100 estrelas", disse Howard.

"Essa é a primeira estimativa, baseada em medidas reais, da fração de estrelas que têm planetas do tamanho da Terra", destacou Geoffrey Marcy, também de Berkeley e coautor do estudo.

Busca por exoplanetas

"Isto significa que, quando a Nasa desenvolver novas técnicas na próxima década para tentar encontrar planetas com tamanho realmente parecido com o da Terra, não será preciso procurar muito", disse Howard.

A NASA já tem uma fortíssima carta na manga para essa busca: o telescópio espacial Kepler, lançado em Março deste ano.

A missão primária do Kepler é encontrar planetas semelhantes à Terra - planetas rochosos que orbitam estrelas parecidas com o Sol em uma zona quente, onde a água possa se manter sobre a superfície em estado líquido - veja mais em Telescópio espacial Kepler vai começar busca por outras Terras.

Há cerca de um mês, um grupo de astrônomos anunciou a descoberta do primeiro exoplaneta dentro da "zona habitável". O resultado, contudo, vem sendo questionado por outros astrônomos, que afirmam não estarem conseguindo repetir a detecção.


Bibliografia:

The Occurrence and Mass Distribution of Close-in Super-Earths, Neptunes, and Jupiters
Andrew W. Howard, Geoffrey W. Marcy, John Asher Johnson, Debra A. Fischer, Jason T. Wright, Howard Isaacson, Jeff A. Valenti, Jay Anderson, Doug N. C. Lin, Shigeru Ida
Science
29 October 2010
Vol.: //doi
DOI: //topicos


Fonte: Inovação Tecnológia

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